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The Wrap | Carbono: débito ou crédito?
Com ESG cada vez mais em voga, companhias buscam se tornar mais sustentáveis através de créditos de carbono.
Carbono: débito ou crédito?
À medida que pressões por um futuro de energia limpa ganham força, empresas poluentes em todo o mundo passam a usar cada vez mais créditos de carbono para apaziguar os ânimos de investidores, consumidores e governos. Isso lhes permite compensar seu impacto ambiental através de iniciativas que finam a remoção de gás carbônico (CO2) da atmosfera.
Um crédito de carbono geralmente equivale a uma tonelada de CO2 removida ou compensada usando um método certificado como plantio de árvores, agricultura que consuma gás carbônico, entre outros.
A Refinitiv estima que US$ 851 bilhões em créditos de carbono foram negociados globalmente em 2021 – um aumento de 164% em relação ao ano anterior. Nos últimos cinco anos, o preço do crédito de carbono na União Europeia aumentou mais de 1.300%, refletindo o aumento da demanda pelo produto. Mas o preço dos créditos de carbono não sobe indeterminadamente: os contratos caíram -39% quando a guerra entre Rússia e Ucrânia começou. Desde então, os preços se recuperaram e acumula alta de +43% no ano (dados de 28/08/2022).
Embora os mercados de crédito de carbono sejam voltados para instituições, os investidores agora podem investir nele através de Exchange Traded Funds (ETFs) – o método mais simples para investir nessa classe de ativos. Um fundo como o KraneShares Global Carbon Strategy ETF (NYSE: KRBN), por exemplo, segue o índice IHS Markit Global Carbon Index por meio do investimento em contratos futuros.
Enquanto o mundo descobre como impulsionar uma revolução industrial verde, ainda há muita incerteza. Mas os créditos de carbono parecem estar aqui para ficar, o que pode apresentar excelentes oportunidades para os investidores.