
Spotlight: World Wrestling Entertainment (WWE)
Você acha que luta livre é de mentira, ou que os haters deveriam apanhar em um ringue? Independente da sua opinião, uma coisa é certa: os lucros da WWE Inc. são muito reais. Vamos analisar a empresa no Spotlight de hoje.
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Hulk Hogan. Randy Savage. O Sheik de Ferro. Dwayne The Rock Johnson. André The Giant. John Cena. Brock Lesnar. O Undertaker. O WWE Hall of Fame está repleto de nomes de grandes artletas que cativaram várias gerações e se tornaram ícones da cultura americana.
Por mais estranho que pareça, adicionando roteiros de nível de novela às lutas, a WWE conseguiu de alguma forma se comercializar como uma marca familiar - exibindo lutas no horário nobre e vendendo mercadorias voltadas para fãs de todas as idades e gêneros. Assim como os super-heróis, os lutadores da WWE são admirados por crianças em todo o mundo, com bonecos e fantasias sendo alguns dos itens mais desejados.

Campeão invicto
Se hoje a WWE parece um monopólio, a luta livre foi um esporte fragmentado durante a maior parte de sua história, com muitas federações lutando para ser a maior. Nos anos 50, um homem chamado Vincent J. McMahon acumulou muito poder de barganha durante seu tempo na National Wrestling Association (NWA). Depois de algumas brigas, ele acabou saindo e começando sua própria liga, abrindo caminho para o que se tornaria a WWE.
Construindo uma marca extremamente bem-sucedida principalmente em torno do carisma de seus lutadores, a WWE conseguiu obter uma enorme vantagem sobre seus concorrentes, pois eles teriam que negociar com canais de TV, patrocinadores e, claro, os próprios lutadores, as estrelas do evento. Isso não é algo fácil de se conseguir. Embora a All Elite Wrestling (AEW) tenha sido uma preocupação crescente, a WWE, Inc. manteve uma margem bruta de lucros bem acima de 38% nos últimos cinco anos. E os ganhos também não diminuíram, crescendo a uma média de 9,3% ao ano desde 2018.

Muitas cartas na manga
Desde 2017, houve apenas um ano em que os ganhos da WWE não superaram as estimativas dos analistas. Sem surpresa, estávamos em 2020, quando o setor foi severamente afetado pela pandemia de Covid-19. Em 2021, um canal do YouTube relacionado à WWE estava entre os 10 canais que mais cresciam. O próprio canal da WWE é um dos mais assistidos de todos os tempos.
Embora a WWE tenha anunciantes, venda de ingressos para seus eventos ao vivo e souvenirs para seus fãs, a mídia representa a maior parte da receita e dos lucros. As taxas de direitos de conteúdo representam a maior parte: US$ 156 milhões dos US$ 304 milhões arrecadados no terceiro trimestre de 2022.

A próxima geração
Em 2022, em meio a alegações de má conduta sexual e má administração de recursos, o filho do fundador e personagem icônico Vince McMahon decidiu renunciar ao cargo de presidente, deixando o trono para sua filha, Stephanie McMahon. Sendo a terceira McMahon a comandar a maior federação de luta livre do mundo, ela tem a missão de não baixar a guarda contra os concorrentes e, ao mesmo tempo, buscar um crescimento maior no exterior. A taxa de crescimento da WWE nos EUA pode ser enorme, mas o potencial inexplorado em outros mercados pode eventualmente ser a maior virada de jogo para este gigante do entretenimento.