
The Wrap: A fronteira final do lucro
Até a última década, lucrar com exploração espacial parecia cena de ficção científica. Mas a queda de custos cria novas oportunidades para o setor…
A fronteira final do lucro
Desde que a humanidade entrou em órbita pela primeira vez, várias inovações vindas da pesquisa espacial se tornaram parte do nosso dia a dia. Câmeras pequenas o suficiente para caber em um telefone celular. Lentes resistentes a arranhões. Fone de ouvido sem fio. Essas são apenas algumas das tecnologias desenvolvidas pela NASA e posteriormente comercializadas pela iniciativa privada.
Mas, na última década, entramos em uma nova Era Espacial: uma mudança da inovação impulsionada pelo governo para a iniciativa privada. Consequentemente, os ganhos econômicos deixaram de ser indiretos através de inovação gera em pesquisa, para a busca por geração direta de receita. Não é à toa que a economia espacial global foi avaliada em US$ 469 bilhões em 2021, e o Citigroup (NYSE: C) prevê que a receita anual total chegará a US$ 1 trilhão até 2040.
Pequenos passos para saltos gigantes
À medida que a expansão do espaço privado avança, um dos setores que mais tem visto ganhos é o de dados e serviços de satélites privados. Entre as companhias listadas, destaca-se a BlackSky Technology (NYSE: BKSY).
A BlackSky Technology combina imagens de satélite com uma plataforma de análise que utiliza inteligência artificial. Os clientes podem monitorar e analisar vários “locais estratégicos” por meio da base de dados da empresa e feeds em tempo real. Este serviço gerou US$34 milhões em receita para a BlackSky em 2021 – um aumento de 61% ano a ano.
O próximo estágio da comercialização do espaço é provavelmente o que você pensou primeiro: turismo. Muito dinheiro, grandes egos e muita atenção da mídia. Espera-se que um dos principais players, a Virgin Galactic (NYSE: SPCE), lance este serviço no segundo trimestre de 2023.
Sem sequer entrar no potencial de US$100 trilhões na mineração de asteroides ou, um dia, da colonização interplanetária real, é justo dizer que o espaço é realmente a fronteira final para o lucro.