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A era do automóvel
Existem atualmente mais de 1,45 bilhão de carros na Terra. Imagine se você recebesse royalties de cada um deles. Bem, em um certo ponto da história, essa era a realidade para um homem.
Em 1895, a patente da tecnologia automobilística pertencia a uma única pessoa: George Selden. Em vez de fabricar carros, George exigiu royalties pelo direito de produzi-los nos EUA.
A Electric Vehicle Company (EVC) foi a primeira a pagar, desembolsando US$ 15,00 (equivalente a US$ 483,00 hoje) por carro. Se esse royalty existisse hoje, os 162 milhões de carros novos vendidos nos EUA entre 2012 e 2021 teriam custado US$ 79 bilhões a mais.
Após o pagamento da EVC, George se associou a William Whitney para criar a Associação de Fabricantes de Automóveis Licenciados (ALAM, do original Association of Licensed Automobile Manufacturers) em 1903. A ALAM rapidamente colocou a indústria de joelhos, e nomes como Studebaker, Oldsmobile e Cadillac (NYSE: GM) se juntaram à associação. A associação exigia uma taxa de licença inicial de US$ 10.000 (US$ 307.921 hoje) e royalties sobre cada carro produzido.
A associação acreditava que o mercado deveria se concentrar nos ricos com produção limitada, negando posteriormente quase todos os pedidos iniciais.
Então surgiu Henry Ford, com seu icônico Ford Modelo T, que era barato e vinha para democratizar o uso de automóveis para todos. Isso não pegou bem para os ricos do ALAM, que negaram o pedido de Ford e até acabaram processando sua empresa, a Ford Motor (NYSE: F), e vencendo em 1909.
Mas até o final do julgamento, o Modelo T já tinha sido um grande sucesso de vendas. A Ford levou o caso para cortes superiores e venceu, uma bênção para a indústria automobilística. Se a ALAM tivesse vencido, as massas talvez nunca tivessem a chance de ter seu próprio carro.